quinta-feira, 9 de maio de 2013

OBRIGAÇÃO, METAS E SUPERMETAS


Num projeto de gestão de um time de futebol, a diretoria deve ter em mente e no papel quais são as Metas, sobre o que tem que ser conseguido pelo time, tendo sempre como base de análise os investimentos feitos, estrutura fornecida pelo clube.
O conceito de obrigação, que é diferente de meta, é o mínimo aceitável, que sem o qual a estrutura deve ser repensada, pois o caminho desejado não está sendo trilhado adequadamente pela equipe ou pelo comando técnico, ou até mesmo pela direção do clube, podendo, por que não, ser uma combinação de ambos.
Já a Super Meta é e será sempre o ápice, e num esporte, digo competição, o ápice é sempre o título.
De todos, o mais óbvio e fácil de se mensurar é a Super Meta, se ganhou, ela foi batida, porém, não é ela que deve ser posta de base para instituição das outras faixas de desempenho, por que a base deve ser sempre a análise de sua própria estrutura e da estrutura da concorrência.
Esta é a forma que analiso futebol, e é ela que não me faz me desesperar a cada jogo ruim ou me deslumbrar a cada partida boa da equipe. Numa análise de rendimento, somente o fim da temporada gera mensuração do resultado de uma equipe, isso tira o foco da paixão e evita atitudes motivadas por uma goleada sofrida ou aplicada numa partida isolada.
Se você perguntar para um torcedor de um time recém-promovido da divisão de principal do Brasileiro (ex: Atlético-PR) qual é a obrigação do time no campeonato Brasileiro 2013, nunca ouvirá de nenhum que a obrigação é a permanência do time na elite, mas que a obrigação é no mínimo a vaga na Libertadores e de muitos outros o título do campeonato (visto que o mesmo já foi campeão em 2001).
Essa falta de noção é comum, e normal, à torcida, apaixonada e pouco racional, mas o pior que ela está quase sempre na cabeça dos dirigentes que comandam o clube, e que deveriam pensar com objetivos mais claros, e, principalmente, com base na sua atual realidade. Então o time é formado dentro das condições do clube, a expectativa supera as condições de cumpri-las, a insatisfação gera mudanças emotivas do projeto e a falta de noção do que é obrigação, meta e supermeta faz com que nem o mínimo seja alcançado pela equipe.
Trazendo essa visão para o meu mundo, vejo no Fluminense uma diretoria, profissional e competente. È importante que seja assim, ter esperado por um treinador por 3 meses, trouxe frutos, pensando em Super Meta, por que apostaram num projeto e não em uma seqüência de vitórias, na verdade o Fluminense começou acertando já em 2010, quando vislumbrou uma oportunidade de mercado e optou pela troca de comando mesmo sem que o time estivesse atravessando alguma crise (na troca do Cuca pelo Muricy), mostrou que a era de decisões apaixonadas e pouco racionais estavam chegando ao fim no clube das Laranjeiras.
Nessa Libertadores, a Super Meta é obviamente o título, e calculo que a obrigação já foi conquistada com a passagem a segunda fase da competição, estamos a um passo da Meta que é estar entre os 4 maiores clubes da América.
O que espero é que tenhamos bem definidas as posições de Obrigação, Meta e Super Meta e que a diretoria analise o ano com base em dados, e não em momentos. E assim continuará vencendo o Fluminense.

ST
RAFAPRESIDENTE


Nenhum comentário: