quarta-feira, 1 de maio de 2013

O FLUMINENSE DE MUNIQUE

Queridos amigos, depois de um tenebroso inverno, causado pelo uso contínuo e indiscriminado do IPAD, volto a encarar um Notebook para escrever. Não, não perdi ou deixei de usar o meu tablet favorito, apenas senti vontade de escrever sobre futebol novamente e fazer isso no aparelho do JOBS é uma tarefa hercúlea e desestimulante.
O assunto de hoje é o jogo do Fluminense contra o Volta Redonda pela semifinal da Taça Rio. Sim, o jogo do Flu (domingo) foi depois do massacre do Bayern que abalou o mundo (terça) e me fez refletir em palavras transformadas neste post.
O jogo de futebol é estático e dinâmico, a formação tática de um time mostra muito sobre a movimentação do time (dinâmica) e seu posicionamento no campo (estática).
No jogo de terça, vi um Bayern (que confesso não ter assistido outros jogos do time no ano) jogar num clássico 4-3-3, com um volante de contenção (Martinez), outro volante, poréms com passe de qualidade e que chega ao ataque (Schweinsteiger), um meia atacante (Muller), dois pontas (Robben e Ribery) e um centroavante clássico (Mário Gomez). Sua imposição tática com atacantes abertos, pressionando os laterais e volantes da equipe catalã, desfigurou a equipe do Barça, me animou, pois vi uma equipe de futebol vencendo uma equipe de futsal no campo (como classifico o Barcelona), variação do mesmo com evolução de posicionamento, quebrando o paradigma da bola e gerando uma nova ordem. Eles foram campeões com muita antecedência no campeonato alemão, atropelaram o Barça de forma sem igual nessa nova fase do clube da Catalunha. Resumindo, o Bayern somente atropelou os virtuais campeões da Itália (Juventus) e da Espanha na Champions e ganhou o seu nacional com muita antecedência, é um time para ser observado.
Entusiasmei-me e fiquei pensando, por que não no Flu?
Pense comigo, incrédulo tricolor, guardadas as devidas proporções entre uma equipe que almeja financeiramente ser a melhor do mundo e outra que almeja ser a melhor das Américas, vi a mesma formação do Bayern no Flu no jogo de domingo com; Edinho, Jean, Wagner, Rhayner, Nem e Sóbis. Coincidências a parte, foi a melhor partida do ano do Flu ofensivamente. e 4x1 ficou barato demais. Sei que o adversário não é parâmetro, mas peço atenha-se a formação e a sua adaptação ao jogo apresentado pelos bávaros no jogo da Champions.
Partindo da premissa que o Abel viu o mesmo jogo que eu vi, que ficou animado com a nova formação do time e desejando aplicar para o resto da temporada uma formação que está sendo aplicada pela nova melhor equipe de futebol do planeta. Olho para o plantel e vejo algumas necessidades da equipe para a manutenção para o restante do ano. Só temos um volante com saída de bola qualificada (Jean) e dois pontas de velocidade e qualidade (Rhayner e Nem), como não temos banco para as posições, é preciso ver as possibilidades para manter uma equipe homogênea (premissa da gestão Rodrigo Caetano) em todas as competições do ano.
Espero que o jogo de domingo seja um início de uma nova formação do time, uma nova aplicação tática que está revolucionando na Europa, uma antecipação no país, da quebra de paradigma pelos alemães a imposição tática do Barcelona que assombrou o mundo por 4 anos, que esse novo momento não seja apenas uma escalação oportunista do plantel possível no momento, o Flu só tem a ganhar com essa nova visão sobre o futebol, temos peças para aplica-la e seremos vanguarda.
Isso geralmente se transforma em hegemonia.
Salve o Tricolor

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