quinta-feira, 30 de abril de 2009

A JUSTIÇA DA MELANCIA


Sempre fui reticente em relação à atuação do STJD ou do TJD nos casos que envolvem as ações de futebol dentro e fora das quatro linhas. Sempre vi nessas atuações mais uma ação de marketing, do que propriamente uma aplicação da justiça em si.

Digo isso, porque na justiça comum julga-se desde o ladrão de galinhas ao Daniel Dantas (todos são passíveis de serem julgados), porém, nunca li, nem ouvi falar sobre suspensão de jogadores que se envolveram em confusão em jogos da 3° divisão, ou similares sem notoriedade esportiva. Se o “Zé das Couves” enfia a porrada no “João Ninguém” no final de um jogo profissional qualquer, não haverá nenhum promotor cuidando da moralidade esportiva e denunciando-o por agressão com suspensão de até 360 dias... Antigamente o atual presidente do TJ-RJ, Des. Luiz Zveiter, quando presidente do STJD, ia logo após o fato ocorrido nos jogos da 1° divisão, praticamente denunciar e sentenciar o jogador infrator em plena televisão, em incursões feitas aos programas de mesa redondas dos canais esportivos, antes do julgamento ser feito, a defesa ser exposta, ou mesmo a denúncia ser formalizada. Era um absurdo tão grande que chegava a ser cômico.

Imagino esse tipo de situação na justiça comum... no meio do programa Balanço Geral (um programa policial carioca, apresentado pelo Wagner Montes) noticia-se um caso de um artista que foi filmado roubando uma loja, daí a produção liga para o juiz que julgará o caso e o apresentador pergunta:
- Boa noite Sr. Juiz “Aparecildo da Silva”, tudo bom com o senhor?
- Ótimo Wagner é um prazer em falar contigo...
- Sr. Juiz, queria saber do senhor em relação a esse caso do furto que foi filmado, qual será a providência do tribunal em relação a isso?
- Wagner, já solicitei as fitas da gravação e ele será indiciado nos artigos tal e tal, com pena de tanto tempo e provavelmente deverá ser aplicada a pena máxima, para que seja dada o exemplo, pois esse absurdo não pode ficar sem resposta.
- Desde já, agradeço as informações do Excelentíssimo Juiz “Aparecildo da Silva” por prestar os esclarecimentos e ficaremos aguardando o julgamento do artista.

Numa justiça séria, uma declaração dessas, colocaria o magistrado em suspeição ou impedimento, pois julgar, sem dar direito a defesa, e sem o oferecimento formal da denúncia, é antes de tudo uma afronta ao princípio da ampla defesa e ao contraditório, garantidos na Constituição de 88. Pode-se até falar que o ex-presidente do STJD ingressou na magistratura por meio do “quinto constitucional” em 1995 (1/5 dos cargos do tribunal são preenchidos por indicação para o cargo, e no caso de advogados, sem prestar concurso) e por isso talvez esses princípios da Lei Maior podem não estar tão sedimentados em sua cultura judicial, mesmo que seja necessário, pela CF, o indicado ter notório saber jurídico. Porém, essa parte do contraditório não deveria ser muito bem conhecida por ele.

Mudou a composição do TJD (o Zveiter foi retirado por ordem do CNJ – Conselho Nacional de Justiça) e alguns antigos magistrados saíram de cena. Agora a exposição da Justiça Melancia fica a cargo do Procurador-Geral André Valentim, que como um político em campanha, vive em declarações na mídia sobre os acontecimentos dentro dos campos. Menos mal, pois agora, dá-se a palavra a quem cabe a denúncia e não, a quem cabe o julgamento, enquanto isso, o pau come impunemente nos jogos não televisionados.

O absurdo agora é outro, o STJD trás para si problemas do campo em que o arbitro viu, analisou e arbitrou. Julgar uma possível suspensão do Juan pelo chilique dele na jogada com Maiconsuel (que na minha opinião deveria ser expulso) é rasgar a autoridade conferida ao arbitro (pelas leis da FIFA) que optou por uma advertência a uma expulsão.

As atitudes e procedimentos desse tribunal me levam a noção de que há na Justiça Desportiva brasileira apenas um mundo que fica sobre a tutela da justiça, o mundo que aparece nos canais de televisão, aberta ou fechada.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

SANGUE OU INCOMPETÊNCIA???



Quando o time atravessa uma má fase, o diagnóstico quase sempre da torcida é falta de raça ou falta de habilidade. Não vejo falta de vontade, especialmente, no time do Fluminense, onde, na minha opinião, prevalece uma falta de organização tática que está influenciando sobremaneira a qualidade do jogo do tricolor.

Contra o Flamengo, vi o time correndo e se doando até o último minuto. Na verdade, tomamos um nó tático do Cuca, que avançou seus laterais empurrando os nossos para a defesa, e encheu o meio de campo a ponto de anular nossas jogadas pelo meio. O Fluminense com Leandro e Mariano não ataca, nem defende com eficiência; como nossos cabeças-de-área não possuem habilidade suficiente para dar qualidade a saída de bola, os meias armadores têm que voltar para perto da defesa para fazer o jogo fluir e com isso os atacantes ficam isolados, lá na frente a partida inteira, batendo papo com os zagueiros.

Contra o Águia de Marabá, eu até compreendo ser surpreendido no jogo de ida, contra-ataques velozes de atacantes velocistas surpreenderam nosso time, mérito deles. Mas, no jogo de volta...!!! Manter uma dupla de zaga lenta com Ed Carlos e Luiz Alberto (Cássio no banco) era, no mínimo, uma tática suicida. Eles continuaram a contra-atacar com extrema rapidez e se não fosse o nosso craque do 1° tempo (o bandeirinha) já estaríamos fazendo treinamentos exclusivos para o início do Campeonato Brasileiro.

Na minha opinião melhor seria jogar com três cabeças de área (Wellington Monteiro na posição do Mariano, fazendo só a parte defensiva, como alguns times da Europa) e com Maicon na posição do Everton Santos (mas fazendo a vez de ponta direita e não de segundo atacante).

Com isso meu time seria assim:
Goleiro – FH
Zagueiros – Cássio e Luiz Aberto
Lateral Direito – Welington Monteiro (fazendo só a parte defensiva)
Lateral Esquerdo – João Paulo
Cabeças-de Área – Leandro Bonfim e Maurício
Meias Armadores – Thiago Neves e Conca (Tartá, enquanto Conca se recupera)
Ponta Direita – Maicon
Centroavante – Fred

Obs: após a recuperação do Leandro Amaral, ele que recuperasse sua vaga com seu futebol que ainda não estreou esse ano.

Os problemas de uma equipe poderiam ser apenas falta de vontade, coisas que as vaias e as críticas consertariam (na opinião de alguns), assim, seria melhor para todo mundo.
Mas a vida, meus amigos, é mais difícil do que parece!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O JOGO, OS REFORÇOS E AS VAIAS...


FLAMEL E ALEÍLSON NO FLUMINENSE, DESDE JÁ!!!!
OS DOIS SOZINHOS BAGUNÇARAM O FLUMINENSE E SÓ NÃO TERMINAMOS O 1° TEMPO EM DESVANTAGEM, PELA FALTA DE SORTE DO ÁGUIA.
JOGADORES RÁPIDOS, NOVOS E COM GANA DE VENCEREM NO FUTEBOL.
ACORDA DIRETORIA!!!


SÍNTESE DO JOGO:


O FLUMINENSE FOI NOVAMENTE UM TIME DESORGANIZADO NO ATAQUE. POSSE DE BOLA NEM SEMPRE SE TRADUZ EM OPORTUNIDADES DE GOL, AINDA MAIS CONTRA UM TIME BOM E ORGANIZADO COMO É ESSE TIME DO ÁGUIA DE MARABÁ. INCRÍVEL!!! POIS, UM DOS CONCEITOS QUE CARREGO COMIGO SOBRE FUTEBOL BEM JOGADO É BEM APLICADO POR ELES DENTRO DE CAMPO: A MOVIMENTAÇÃO CONSTANTE DOS JOGADORES QUE ESTÃO SEM A BOLA DURANTE O ATAQUE. SEMPRE COM A POSSE DA BOLA, O JOGADOR DO ÁGUIA DE MARABÁ, TINHA DIVERSAS OPÇÕES PARA O PASSE E COM ISSO, O CONTRA-ATAQUE DELES VOAVA E A NOSSA DEFESA PARECIA UM PANDEMÔNIO. ESSA APLICAÇÃO TÁTICA SÓ NÃO FEZ UM ESTRAGO NO NOSSO TIME, POIS ELES ESBARRAVAM NA LIMTAÇÃO TÉCNICA DE ALGUNS DE SEUS JOGADORES, BEM COMO DO BANDEIRA QUE, PARA NOSSO ALÍVIO, INSISTIA EM DAR IMPEDIMENTOS, COMO SE QUISESSE PERDOAR A NOSSA DEFESA DAS LINHAS BURRAS FEITAS POR ELA DURANTE A PARTIDA.


CERTO, É QUE O FLUMINENSE TEM QUE MELHORAR MUITO, MAS MUITO MESMO, PARA ENFRENTAR O ÓTIMO TIME DO GOIÁS NA PRÓXIMA FASE DA COPA DO BRASIL SE JOGAR O MESMO FUTEBOL QUE APRESENTOU CONTRA O ÁGUIA, NOSSO PROJETO DE LIBERTADORES FICARÁ DEPENDENDO DA NOSSA CLASSIFICAÇÃO NO CAMPEONATO BRASILEIRO (QUE PARECE QUE SERÁ O MAIS FORTE E EQUILIBRADO DOS ÚLTIMOS ANOS). E O FRED, QUE VIVE ISOLADO LÁ NA FRENTE NO MEIO DOS ZAGUEIROS, DÁ PENA DELE; COM LEANDRO AMARAL NO ATAQUE AO SEU LADO A ATENÇÃO DA ZAGA SERÁ DIVIDIDA E OS GOLS SAIRÃO COM MAIS FACILIDADE.


GILBERTO E MINEIRO NA MIRA DO FLU: DUAS ÓTIMAS OPÇÕES, MUITO CARAS, MAS ÓTIMAS OPÇÕES. CONTRATANDO-OS O TIME VAI COMEÇAR A QUERER PODER ALÇAR VOOS MAIORES NO CAMPEONATO BRASILEIRO.


AGORA QUE O TIME VENCEU, OS DESOCUPADOS TORCEDORES PODERIAM IR AO CLUBE PARA ESTENDER FAIXAS DE SOLICITAÇÃO DE EMPREGO, POIS IR AO TREINO DO CLUBE, NO MEIO DA SEMANA, PARA TUMULTUAR O AMBIENTE É COISA DE DESOCUPADO E VAGABUNDO.


TORCIDA DE VERDADE É A LEGIÃO TRICOLOR, ONDE A VAIA É PROBIDA, SENTIMENTO COMPARTILHADO POR MIM QUE NUNCA FUI AO ESTÁDIO PARA VAIAR MEU TIME. MINHA VAIA É MEU SILENCIO DIANTE DE UM TIME RUIM.


NA VERDADE, LUGAR DE VAIADOR DEVERIA SER EM CASA, MAS FICAM NO CLUBE TUMULTUANDO A AMBIENTE.LUGAR DE TORCEDOR É NO ESTÁDIO, FAZENDO PARTE DO JOGO !!!!


PS: CRÍTICA NÃO É VAIA, E É FEITA NO INTUITO DE MELHORAR!!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

WELINGTON E A ADMINISTRAÇÃO DO FLU



Welington (a jovem revelação e não o Monteiro) está praticamente de malas prontas para ir para a Europa.

Eu me pergunto, se o moleque é bom mesmo, porque o Fluminense não fez com ele o que o Inter fez com o Pato????Fluminense joga torneios internacionais com a garotada, na minha inocente opinião, para dar a eles experiência internacional, mas vejo que na verdade, o Fluminense participa de feiras comerciais travestidas de competições, onde desfilamos nossos produtos de 1° linha para que os consumidores possam comprá-los.

O fato além de ser revoltante, é de uma burrice imensurável, pois os jogadores estão indo de graça para Europa, e o Fluminense fica ou chupando dedo, ou catando as migalhas da transferência de jogadores que ainda estão no juniores.

La no Inter-RS, jogador revelação é protegido e escondido às sete chaves, até sua estréia no profissional. O presidente deles é cultuado, pela conquista de um título mundial e se julga o time CAMPEÃO DE TUDO!!!, ah! o patrocínio deles é ridículo perto do nosso. Mas a nossa administração é ridícula perto da deles, então ficamos desfilando na Europa nossos jogadores, ganhando torneios que nada valem para o clube e entregamos de mão beijada os Rafaels e Fábios da vida.

É isso que me dá uma tristeza, e não a má fase do time.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O MELHOR FLU DE TODOS OS TEMPOS PARA A REVISTA PLACAR - HISTÓRIA DOS JOGADORES SEGUNDO O WIKIPÉDIA


Carlos Alberto Torres (Rio de Janeiro, 17 de julho de 1944) é um ex-futebolista brasileiro.
Um dos maiores laterais-direitos da história, ele foi o capitão da Brasil que ganhou a Copa de 70, no México, ficando conhecido como o Capitão do Tri. No que diz respeito aos clubes, Carlos Alberto jogou pelo Fluminense, Botafogo, Flamengo, Santos, e o New York Cosmos. Ele foi o companheiro de Pelé nos últimos dois clubes. Carioca de São Cristóvão, Carlos Alberto foi revelado pelo Fluminense, onde foi campeão do Campeonato Carioca de 1964 e medalha de ouro pelos Jogos Pan-Americanos de 1963 disputado em São Paulo. Logo depois se transferiria para o Santos . Muitos cronistas dizem que foi um dos maiores laterais direitos que o Brasil e o mundo viram jogar. Tinha habilidade, respeito dos companheiros e, como uma de suas características principais, uma forte personalidade. Em 1975 foi vendido ao Fluminense, onde fez parte do time que ficou conhecido como "Máquina Tricolor", sendo bicampeão carioca em 1975 e 1976, semi-finalista dos campeonatos brasileiros destes mesmos anos, depois passando pelo Flamengo. Carlos Alberto marcou sua história em todos os times que jogou, pois além de talentoso, conseguiu se firmar e ganhar respeito em vários time de craques, mesmo na Seleção Brasileira tricampeã da Copa do Mundo de 1970, onde era um dos líderes e o capitão desta equipe . Carlos Alberto foi nomeado por Pelé um dos 125 melhores jogadores vivos do mundo em março de 2004.

Carlos José Castilho ou simplesmente Castilho, como ficou conhecido, (Rio de Janeiro, 27 de novembro de 19272 de fevereiro de 1987) foi um goleiro brasileiro, e o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Fluminense FC.
Jogou no Fluminense de 1947 até 1964, sagrando-se tricampeão carioca, bicampeão do Torneio Rio-São Paulo e vencedor da Copa Rio - o maior torneio de verão da época; na Seleção Brasileira. Participou de quatro Copas do Mundo: 1950, 1954 e das conquistas de 1958 e 1962, tendo sido titular em 1954. Ele entrou para a história como um goleiro milagreiro, fazendo defesas impossíveis. Ele dizia ter uma inacreditável boa sorte. Por causa disso, seu apelido era Leiteria (apelido comum à pessoas que tinham sorte na época) e os torcedores do Fluminense o chamavam de São Castilho. Mesmo tendo apenas 1,81 metros, baixo para os padrões dos goleiros atuais, mas considerado alto para aquela época, foi um dos melhores goleiros do futebol brasileiro. Também se destacava nas defesas de pênaltis, e só em 1952 , defendeu 6 deles. Daltônico, acreditava que várias vezes havia sido favorecido por ver como vermelhas as bolas amarelas, mas era prejudicado pelas bolas brancas à noite. Foi o melhor goleiro tricolor de todos os tempos e o melhor goleiro da história do Maracanã. Foi um exemplo de estoicismo. Tendo contundido seu dedo mínimo esquerdo pela quinta vez, o médico disse que deveria passar por dois meses de tratamento, entretanto, ele resolveu amputar o dedo. Duas semanas depois da operação ele já voltava a jogar pelo Fluminense. Durante sua carreira jogou 696 jogos pelo Fluminense, um recorde absoluto neste clube. Lá sofreu 777 gols e jogou 255 partidas sem sofrê-los. Em 2007, o Fluminense Football Club inaugurou um busto de Castilho na entrada da sede social do clube tricolor, como agradecimento pelos serviços prestados, muito acima do que se pode esperar de um jogador profissional, mais do que isto, pelas demonstrações inequívocas de amor pelo clube que o projetou para o futebol.

Ricardo Gomes Raymundo (Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 1964) é um ex-futebolista brasileiro.
Como jogador, Ricardo Gomes atuou no Fluminense, Benfica e no Paris Saint-Germain. Ricardo Gomes iniciou sua carreira como zagueiro do Fluminense no início dos anos 80. No Tricolor das Laranjeiras, conquistou o tricampeonato carioca, 1983/1984/1985, e formou a dupla de zaga campeã brasileira de 1984. A boa campanha no Campeonato Brasileiro de 1984 lhe renderia uma chance na Seleção Brasileira. Três anos depois, uma contusão atrapalhou os planos de Ricardo Gomes na seleção. Entretanto, em 1989, Gomes se consolidaria na seleção. Já no Benfica, o zagueiro foi titular na conquista da Copa América, além de ter sido capitão nas Eliminatórias para a Copa de 1990. A classificação para o Mundial veio, mas o tão esperado tetra, não seria daquela vez. Ricardo era o zagueiro preferido de Carlos Alberto Parreira. Nas eliminatórias para a Copa de 1994 ele atuou apenas nas quatro últimas partidas, por conta de uma contusão abdominal, mas ainda assim marcou 3 gols. Encerrou a carreira em 1996, com apenas 31 anos.

Edino Nazareth Filho, mais conhecido como Edinho, (Rio de Janeiro, 5 de junho de 1955), é ex-futebolista brasileiro, zagueiro do Fluminense, Udinese e Flamengo. Edinho também foi jogador da Seleção Brasileira.
Edinho tinha somente 13 anos quando ingressou nas categorias juvenis do Fluminense e, cinco anos mais tarde, já vestia a camisa do time principal do Flu. Era um jogador com imensa identidade com a torcida tricolor, por conta de seu vigor físico e da raça com que se entregava em todos os jogos, sempre saindo com a bola dominada nos pés, em arrancadas que levavam seu time ao contra-ataque eempolgavam as arquibancadas do Maracanã. Edinho fez partr do grande time do Fluminense nos anos 70, que ficou conhecido como a Máquina Tricolor, em decorrência das conquistas dos estaduais de 75, 76 e 80. Excelente batedor de faltas, foi o autor do gol que deu o título do Campeonato Carioca de 1980, na final contra o Vasco da Gama. Edinho também começou cedo sua carreira na Seleção Brasileira, quando aos 20 anos de idade, fez parte na Seleção Olímipica que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1975, na Cidade do México. Posteriormente, manteve seu lugar na Seleção Principal, tendo disputado as Copa do Mundo de 1978, 82 e 86. Encerrou sua carreira na Seleção após a derrota para a França na Copa de 86, totalizando 87 partidas com a camisa do Brasil, das quais 28 foram pela Seleção Olímpica e 59 pela Seleção Principal. Edinho também jogou na Udinense, da Itália, no Flamengo e no Grêmio. Contudo, a despeito das conquistas no Flamengo e no Grêmio, seu nome sempre estará fortemente ligado ao Fluminense. Em duas passagens pelas Laranjeiras, Edinho atingiu a marca de 358 jogos e 34 gols marcados com a camisa tricolor.

Cláudio Ibraim Vaz Leal, mais conhecido como Branco (Bagé, 4 de abril de 1964), é um ex-futebolista brasileiro, lateral-esquerdo do Fluminense, Brescia, Porto, Flamengo e Corinthians. Branco também foi jogador da Seleção Brasileira, tendo sido o herói da campanha do tetra em 94, ao marcar um decisivo gol nas quartas-de-final contra a Holanda.
O gaúcho, descedente de libaneses, Branco começou a jogar futebol nas categorias de base do G.E. Bagé e não sendo aproveitado transferiu-se para o Guarany de Bagé. Contudo, foi somente em 1982, vestindo a camisa do Fluminense, que o jovem lateral pôde dar início a sua carreira profissional. Jogando ao lado de Paulo Vítor, Ricardo Gomes, Romerito, Washington, Tato e Assis, Branco sagrou-se tricampeão carioca entre 1983 e 1985, além de ter levantado o troféu do Campeonato Brasileiro de 1984. Branco é o terceiro lateral-esquerdo na história com maior número de partidas disputadas pela Seleção Brasileira, ficando atrás somente de Júnior e Nilton Santos. Participou de três Copas do Mundo e, em todas elas vivenciou momentos inesquecíveis. Na Copa de 86, no México, a presença de Branco na Seleção de Telê foi muito contestada pela imprensa. Quatro anos mais tarde, na Itália, durante uma partida contra a Argentina, Branco bebeu uma água oferecida pelos argentinos e começou a se sentir mal. Anos mais tarde, Maradona e o ex-técnico da Argentina, Carlos Bilardo, admitiram que a água estava contaminada com tranquilizantes. Finalmente, na Copa de 94, aquela em que o Brasil conquistou seu tetracampeonato mundial, Branco foi o autor do sensacional gol de falta, que garantiu a vitória do Brasil por três a dois contra a Holanda e levou o Brasil às semifinais.

Waldir Pereira, mais conhecido como Didi (Campos dos Goytacazes, 8 de outubro de 1928Rio de Janeiro, 12 de maio de 2001) foi um futebolista brasileiro, bicampeão mundial pela Seleção Brasileira de Futebol nas Copas de 1958 e 1962. Eleito o melhor jogador da Copa de 58, quando a imprensa européia o chamou de "Mr. Football", Didi foi um dos maiores e dos mais elegantes meio-campistas do futebol brasileiro.
No Fluminense, Didi jogou entre 1949 e 1956, tendo realizado 298 partidas e feito 91 gols, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Carioca de 1951 e da Copa Rio 1952 e feito o primeiro gol da história do Maracanã pela Seleção Carioca em 1950. No começo de 1981, Didi chegou a ser o técnico do Botafogo, mas foi substituído do cargo durante o ano, tendo sido ele um dos técnicos do Fluminense, na fase que o time tricolor era conhecido como a "Máquina Tricolor", pela qualidade excepcional de seus jogadores.
Paulo César Lima (Rio de Janeiro, 16 de junho de 1949) é um ex-futebolista brasileiro. Nasceu na favela da Cocheira e é mais conhecido como Paulo Cézar Caju devido à cor de seu cabelo descolorido à época de jogador.
Jogaria ainda pelo Fluminense, onde fez parte da lendária equipe que ficou conhecida como Máquina Tricolor (1975), tendo sido bicampeão carioca em 1975 e 1976, semifinalista dos campeonatos brasileiros nestes anos e conquistado vários torneios internacionais amistosos neste período.

Gérson de Oliveira Nunes (Niterói, 11 de janeiro de 1941) foi um jogador brasileiro de futebol que atuava no meio-de-campo, tido como um dos maiores lançadores da história do futebol brasileiro.
Chamado de "Canhotinha de Ouro", foi campeão do mundo em 1970. Era capaz de fazer lançamentos de mais de quarenta metros de distância, colocando com precisão a bola onde quisesse. Jogou em diversos clubes brasileiros de futebol, tendo passagem destacada no Flamengo, no Botafogo, no São Paulo e no Fluminense, tendo sido por este clube campeão carioca em 1973 e encerrado a carreira neste clube de seu coração.

Roberto Rivellino (São Paulo, 1 de janeiro de 1946) é um ex-futebolista brasileiro. Jogou de meados da década de 1960 ao fim da década de 1970, principalmente pelo Sport Club Corinthians Paulista, seu clube de coração, e pelo Fluminense Football Club. Também atuou como comentarista de televisão durante a década de 1990.
Atuou em importantes clubes do Brasil, especialmente no Corinthians. Foi titular da seleção brasileira tricampeã mundial na Copa de 70, no México. Começou sua carreira nas categorias de base do Corinthians, jogando no time profissional de 1965 a 1975, e então se transferiu para o Fluminense, onde jogou três temporadas. Jogador extraclasse, de técnica apurada na perna esquerda que lhe permitia um futebol brilhante de lançamentos longos e passes precisos, potentes chutes de longa e meia distância, foi também exímio cobrador de faltas. Maradona em várias entrevistas o considerou o melhor jogador que viu jogar. Depois da perda do campeonato paulista de 1974, Rivellino ficou sem ambiente no Corinthians e acabou acertando sua transferência para o Fluminense do Rio de Janeiro. Estreou em 1975, num amistoso justamente contra o seu ex-time. O resultado foi 4x1 para os cariocas, com três gols de Rivellino. O Fluminense na época foi chamado de "Máquina Tricolor", sendo considerado uma das melhores equipes da história do futebol nacional, conquistou o bicampeonato estadual (75/76) e por duas vezes semifinalista do campeonato brasileiro. Além de Rivellino, havia outros grandes craques, como Paulo César Lima.

Telê Santana da Silva (Itabirito, 26 de julho de 1931Belo Horizonte, 21 de abril de 2006) foi um dos mais importantes treinadores da história do futebol brasileiro.
Como jogador, é ícone do Fluminense pela intensa dedicação que ofereceu ao seu clube do coração — que valeu-lhe o apelido "Fio de Esperança" —, onde também começou a sua vitoriosa carreira de treinador de futebol. Pelo Fluminense iniciou sua carreira sendo campeão de juvenis em 1949 e 1950 e promovido para os profissionais em 1951. A partir daí despontou seu melhor futebol e conseguiu suas maiores conquistas como atleta. Foi um dos primeiros pontas no futebol brasileiro a voltar para marcar no meio.[1]
A sua contratação pelo Fluminense se deu após fazer um teste contra o Bonsucesso e fazer cinco gols, referendada então pelo Diretor de Futebol do Fluminense daquela época, nada menos que outro ícone histórico deste clube, primeiro capitão e em 1930 o autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, João Coelho Netto, o Preguinho.
Com a camisa do Fluminense jogou 557 partidas e marcou 162 gols[2], sendo o terceiro jogador que mais atuou pelo clube tricolor e seu terceiro maior artilheiro.
Conquistou como jogador os seguintes títulos, entre os mais importantes: Campeonato Carioca de 1951 e 1959; Torneio Rio-São Paulo de 1957; e Copa Rio (Internacional) de 1952. Quando Telê era jogador, tinha o apelido de "Fio de Esperança", que recebeu após um concurso entre os torcedores promovido pelo jornalista Mário Filho, diretor do extinto Jornal dos Sports. O concurso tinha surgido como idéia do dirigente tricolor Benício Ferreira. Na época, Telê tinha os apelidos pejorativos de "Fiapo" e "Tarzan das Laranjeiras", em função de seu corpo franzino. O dirigente achava que o jogador merecia algo mais honroso e deu a idéia ao amigo Mário Filho, que criou o concurso com o tema "Dê um slogan para Telê Santana e ganhe 5 mil cruzeiros". Ao seu final, mais de quatro mil sugestões tinham sido enviadas à redação do jornal. José Trajano conta que seu pai participou do concurso propondo o apelido "A Bola". Três leitores acabaram empatados no primeiro lugar na votação final, com as alcunhas "El todas", "Big Ben" e "Fio de Esperança". Foi a última que caiu no gosto dos torcedores tricolores. Telê deu mais uma demonstração de amor ao Fluminense, quando já no final de sua carreira como jogador, atuando pelo Madureira marcou o único gol de sua equipe na derrota por 5 a 1 para o Flu. Embora aquele gol não tenha influenciado no resultado, Telê chorou ao final da partida por ter feito um gol em seu clube do coração.

Benedito de Assis Silva (São Paulo, 12 de novembro de 1952) é um ex-futebolista brasileiro.
Atuou no São Paulo e no Atlético Paranaense, mas a sua carreira teve maior destaque no Fluminense, onde conquistou o tricampeonato do Campeonato Carioca (1983, 1984, 1985) e o Campeonato Brasileiro de 1984 , além de diversos torneios, inclusive internacionais. Assis disputou 177 partidas pelo Fluminense e fez 54 gols, entre 1983 e 1987. Ao lado do companheiro de ataque Washington, com quem fazia uma dupla que ficou conhecida como "Casal 20", alusão a seriado de TV da época, Assis deu muitas alegrias à torcida tricolor[1] . O jogador costumava marcar muitos gols no Flamengo, decidindo dois campeonatos cariocas a favor do Flu, o que lhe rendeu o apelido de "Carrasco do Flamengo" e uma musiquinha da torcida tricolor para os rivais: Recordar é viver, Assis acabou com você! Quanto aos dois campeonatos cariocas em questão, o primeiro foi em 1983. O Flamengo precisava do empate pra ser campeão. O jogo estava em 0 x 0, e já se encaminhava para o final. A torcida do Flamengo já comemorava o título, e todos, jogadores, dirigentes, repórteres de campo, todo mundo se preparava pra entrar no gramado, quando ocorre o inesperado: Assis recebe um lançamento primoroso, em posição absolutamente legal. A zaga do Flamengo tentou fazer a famosa "linha burra", mas não funcionou. Então, aos 45 minutos do segundo tempo, Assis avança com a bola pela direita, entra na grande área, fica cara a cara com o goleiro, tendo tempo ainda de ajeitar com o pé esquerdo - ele é canhoto - e chuta pro gol. Dois zagueiros rubro-negros ainda tentam desesperadamente tirar a bola, mas ela já tinha endereço certo. 1 x 0 Flu. Era o gol do título do tricolor das Laranjeiras, gol altamente festejado, pois, afinal, fora um lance inacreditável. Fluminense Campeão Carioca de 1983. Na decisão de 84, os tricolores, mais uma vez levantaram a taça, novamente contra o Flamengo, novamente por 1 x 0, novamente com gol de Assis, novamente no gol do Maracanazinho, novamente nos minutos finais.

TÉCNICO:
Carlos Alberto Gomes Parreira (Rio de Janeiro, 27 de Fevereiro de 1943) é um treinador de futebol brasileiro que participou de Copas do Mundo por quatro seleções diferentes (Arábia Saudita, Brasil, Emirados Árabes e Kuwait). É considerado por muitos como um grande treinador pela conquista da Copa do Mundo de 1994, ao lado de Zagallo, do Campeonato Brasileiro de 1984 e a Copa do Brasil de 2002.
Formado em Educação física pela Escola Nacional de Educação Física e Desportos, no Rio de Janeiro, em 1966, começou sua carreira como Preparador Físico do São Cristóvão de Futebol e Regatas. Parreira trabalhou em uma série de clubes pelo Brasil e pelo mundo. Suas passagens mais marcantes foram no Fluminense (seu time do coração), em 1984, quando o clube conquistou seu primeiro título do Campeonato Brasileiro e em 1999, quando ajudou na recuperação do clube com a conquista da Série C do Campeonato Brasileiro. Além do clube carioca, Parreira também fez história no Corinthians em 2002, quando foi campeão da Copa do Brasil e da última edição do Torneio Rio-São Paulo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Para você que não entende o que é um Fla x Flu, deixo a nobre lição de Nelson Rodrigues:



Reacionário, no meu caso, é a reação contra tudo o que não presta. Se o homem não fosse eterno, ou não tivesse uma alma eterna, não tivesse garantido a sua eternidade, esse homem andaria de quatro. Toda manhã sairia de quatro, ferrado, aí pelas ruas e montado num Dragão de Pedro Américo. Eu diria, quando me perguntam, como você agora: mas quando, quando começou o Fla-Flu? Eu diria: - O Fla-Flu não tem começo. O Fla-Flu não tem fim. O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada. E aí então as multidões despertaram. E Mário Filho, já então, antes do Paraíso, escrevia sobre o Fla-Flu e dizia que o Fla-Flu ia ser o assombro do futebol, o milagre do futebol. (...)


O Fla-Flu, já me dizia o meu irmão Mário Filho, o Fla-Flu é um jogo para sempre, não é um jogo para um século, um século é muito pouco para a sede e a fome do Fla-Flu... Começado o Fla-Flu, ele percorreria o tempo dos tempos. Foi uma criação do meu irmão Mário Filho, ele que era o gênio da crônica esportiva, ele era o autor de piadas fantásticas. Ele se lembrou de fazer Fla-Flu, tinha notado que Fla-Flu possuía uma flama, uma trepidação que nenhum outro jogo possuía. Até hoje em todo o mundo não há um jogo que chegue aos pés do Fla-Flu. Que é cada vez mais empolgante. E cada jogo entre o Fluminense e o Flamengo parece ser o maior do século e será assim eternamente. (...)

(...) Agora neste momento eu estou vendo o campo do São Cristóvão e a bomba de Welfare. Há gols que atravessam os tempos que atravessarão os séculos. E por isso que digo que o futebol vive de eternidade e por isso não acaba nunca, não acabará nunca. Ou tudo se acaba, menos o Fla-Flu.(...)
NELSON RODRIGUES

segunda-feira, 6 de abril de 2009

SER TORCEDOR...



Ser torcedor de futebol é mais que gostar de futebol;
Comentaristas de futebol gostam de futebol...
Comentaristas de futebol entendem de futebol...
O torcedor não...
Para o torcedor: 4-4-2 ou 4-3-3 é motivo para discussão fora do estádio, já que numa mesa de bar, por vezes, o torcedor gosta de parecer um comentarista.
No estádio, porém, o torcedor não confia na razão...
Torcedor é só emoção... xinga, grita, canta e chora.
O torcedor já classificou o Pelé como cabeça de bagre, e os Chiquinhos (da vida) como gênios.
Qual é o torcedor que nunca adorou um jogador que só ele gosta?!!
O torcedor não vai ao estádio para ver um espetáculo...
O estádio nunca foi uma espécie de teatro, sob a ótica do torcedor.
Ele vai para ver seu time ganhar, nem que seja de meio a zero com gol de mão, impedido, aos 46 do segundo tempo.
Vestimos roupas de combinações inimagináveis e sempre as chamamos de manto.
Torcedor torce pelo seu time, mesmo que contra a seleção do seu país.
Dentro de campo, o seu time é a sua pátria;
O patriotismo do torcedor é de invejar o militar mais ferrenho.
Quando o jogo começa, rezamos, vibramos, torcemos pelo nosso time.
Fazemos parte do espetáculo, e muitas vezes, somos nós o espetáculo.
Trocamos de nome, de mulher, de profissão, de tudo. Menos de time.
Seja ele uma benção ou um fardo.
Enfim,
Torcedor que é torcedor assiste o jogo, às vezes mais do que os próprios jogadores.

sábado, 4 de abril de 2009

A PERMUTA DA DISCÓRDIA - CENTRO DE TREINAMENTO x JOGADORES DA BASE


Anda sendo noticiado nessas últimas semanas, um possível acordo entre o Fluminense e a empresa Traffic para a aquisição de um centro de treinamento para o futebol profissional do clube. Em relação a essa notícia tenho visto muita chiadeira por parte da torcida tricolor, que, em sua maioria, julga como absurda essa negociação, pois o Fluminense teria que dar parte de todos os jogadores vendidos em um período certo de tempo a Traffic em troca da aquisição de um centro de treinamento por parte desta e o proveniente repasse do centro ao Fluminense.

Após refletir sobre o assunto, acho essa negociação uma boa para o Fluminense, isso dependendo de como será “costurado” esse acordo. Cheguei a ler, um comentário taxando de absurda e questionando a atitude de um clube negociar parte de suas jóias (e citando o nome de uma dezena delas, que o Fluminense formou e hoje ainda brilham no futebol) com uma empresa de investimentos em troca de um centro de treinamento?

Sobre esse questionamento, refleti e acabei respondendo-a com outro questionamento. Quais foram os benefícios visíveis, incorporados ao clube após a venda desses mesmos jogadores (Roger, Carlos Alberto, Marcelo (lateral), os gêmeos Rafael e Fábio, Antônio Carlos, Rodolpho, Roberto Brum e tantos outros que ainda figuram com destaque em times de 1° divisão nos principais campeonatos do Mundo)? O Fluminense continua sem um centro de treinamento e nem me lembro do time ter usado o recurso dessas vendas para pagamento de multa rescisória para contratação de craques de outros times. Parece que hoje, em virtude de administrações desastrosas dos últimos anos, o Fluminense é obrigado a ter sócios por imposição judicial (são eles: os credores da justiça trabalhista, fiscal e civil) tendo que repartir o grosso do bolo com eles, e dividir o restante entre o próprio clube e outros empresários que começam a representar os jogadores logo após que estes largam as fraldas.

Acredito que um acordo em que a Traffic, em que esta fique com até (NO MÁXIMO) 30% das vendas das revelações do clube por cerca de um certo período de tempo (no máximo 5 anos) em troca de um centro de treinamento de cerca de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) é investimento bom para ambas as partes e deveria sim se assinado pela diretoria, mesmo que o clube não fique de propriedade do centro até o término do prazo (até como garantia do credor e TAMBÉM PORQUE NÃO É DO INTERESSE DO CLUBE, VISTO QUE AS LARANJEIRAS SÓ NÃO FOI PENHORADA ATÉ HOJE, POR CAUSA DO SEU TOMBAMENTO PELA PREFEITURA DA CIDADE!!). Por isso, acho que seria uma ótima para o clube, pois ao contrário do que dizem por aí, o dinheiro com a venda das “jóias da coroa” nunca renderá aos (e nos) cofres do clube, o montante que dizem que poderia render, pelos motivos citados acima.

E eu, apesar de ser formado em Administração e entender bem de matemática financeira, nem preciso de uma “HP” para conseguir solucionar esse problema matemático-financeiro.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

AS OPÇÕES DE THIAGO NEVES



Após o término da Libertadores 2008, na primeira oportunidade real que teve de ir para a Europa, Thiago Neves arrumou as malas e seguiu para o velho continente, mais precisamente para cidade de Hamburgo-ALE. Não sou e nem nunca fui daqueles que acho que o jogador de futebol deve jogar apenas no seu time do coração (se fosse assim a transferência do TN10 para Palmeiras teria que ser concretizada, pois já declarou que seu time de infância é o do Palestra Itália), sou daqueles que acham que se os valores de hoje, fossem aplicados nas décadas passadas, a Europa seria o destino de Pelé, Garrincha entre tantos outros que fizeram a história do nosso futebol, tambem acho, que o jogador é um profissional da bola e deve considerar sim, propostas financeiras e condições que os clubes do mundo oferecem aos seus serviços.

Mas numa carreira, qualquer que seja ela, o planejamento deve ser sempre levado em conta e o futebol apresentado por Thiago Neves em 2008 fez despertar interesses dos grandes times da Europa (Milan, Juventus, Barcelona etc.), cabia ao meia (digo seu procurador) esperar um pouco mais, já que propostas de times europeus considerados de grande investimento apareceriam, mais cedo ou mais tarde, para o levar um clube melhor, de forma muito mais consistente para sua carreira.

Amplio esse meu entendimento ao pensamento brilhante do treinador Vanderlei Luxemburgo, que acha que o jogador deveria somente ir para Europa, após ter uma passagem bem sucedida no Brasil por algum time. Com isso, gera uma espécie de respeito, tanto da torcida em geral, como da própria imprensa. Exemplifico esse argumento com o Robinho, que se tivesse ido para Europa logo após a conquista do Brasileiro de 2002 (como fez Diego) com certeza não estaria hoje como titular da seleção brasileira a 1 ano para a Copa do Mundo. É fato que hoje, Diego é muito mais respeitado na Europa do que o Robinho, mas a forte concorrência no meio campo, mais o fato de não brilhar no eixo Espanha-Itália-Inglaterra, somam-se ao fato de que Diego e seu belo futebol, arrumou as malas para o Porto-POR antes que ficasse no imaginário de toda torcida brasileira (como fez o Robinho). Já os casos de Elano e Felipe Melo ... , não se enquadram no texto, pois estes, não deixaram o país com a promessa de serem futuros craques do futebol.
Após meia temporada frustrante no Hamburgo (adaptação não significa nada), Thiago Neves forçou uma saída do clube, que em meio a crise mundial, acabou por aceitar uma proposta de um time do Catar, que eu nem sei o nome, e o jogador impôs que fosse emprestado para o Fluminense por 6 meses, na esperança de arrebentar nos Campeonatos Carioca e Copa do Brasil e com isso voltar a seleção.

Time todo renovado, mais do que normal um período de adaptação, período que deve ser maior que a sua estada no Brasil. Resta a nós tricolores, curtir mais um pouco daquele que poderia ser o maior craque da história do clube (pelo menos nos últimos 20 anos) por mais algumas semanas, mas que por uma série de decisões infelizes, irá depois para um clube em um país onde o dinheiro sobra, e por isso o clube obriga (de forma certa) os atletas cumprirem seu contrato até o fim.
O fim do contrato e o fim da carreira deles.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O MAL QUE A UNIMED NÃO PODE TRATAR


Numa mesa de negócios, por mais que o bem comum seja buscado, o objetivo de cada lado é que ao final das contas, é que sua meta no negócio seja atingida. Nessa relação (muito duradoura, e que deveria ser exemplo para o resto do Brasil) entre a UNIMED e o Fluminense, há o interesse financeiro de ambas as partes pois, se trata de uma parceria ótima para ambos os lados.
A primeira noção errada as pessoas tiram dessa relação é a de que a Unimed injeta “rios” de dinheiro no clube pela paixão que o Presidente da Empresa Dr. Celso Barros tem pelo Fluminense. O dinheiro não é dele, é da empresa. Todas as vezes em que ele foi questionado por seus pares em virtude do montante do investimento, ele pode contraargumentar o quanto que a Unimed teria que desembolsar para ter o mesma exposição de marketing e mídia nos veículos de comunicação. Me lembro apenas dos dados referentes ao vice-campeonato do Fluminense na Copa do Brasil de 2005, para que a UNIMED pudesse ter a mesma exposição na mídia teria que ter gasto mais de 50 VEZES do que foi gasto com o clube naquele ano. Imagina então, qual foi a vantagem para empresa após a exposição do título da Copa do Brasil, e da final da Libertadores.
De 99 até hoje a UNIMED passou de uma grande empresa de saúde no Estado do RJ, para ser disparada a maior Empresa de Plano de Saúde do Estado e quem entende um pouco de marketing sabe o quanto a exposição contínua da marca na camisa do Fluminense contribuiu para o sucesso da empresa.
A segunda noção errada é a de que a relação entre o Fluminense e Unimed é de parceria de gestão, o Unimed como patrocinadora é interessada exclusivamente na exposição da marca na mídia. A Unimed viu que o dinheiro poderia ser melhor aplicado se ela pagasse diretamente aos principais jogadores do elenco. Ficou assim, a seu cargo, participar das negociações no intuito de formar grandes times para disputar os maiores torneios do Brasil e do Mundo (os possíveis é lógico!), essa mudança de postura no patrocínio, fez o Fluminense passar por algumas situações inusitadas (quem não se lembra do time com Romário, Edmundo, Roger???) essa forma de patrocínio foi se lapidando com o tempo e hoje há a noção de que mais do que craques de mídia, a exposição da marca fica mais forte com a montagem de times equilibrados e competitivos. Mas o retorno desse tipo de investimento é sempre esperado no curto prazo, por parte da Unimed; então René Simões não durou o sufuciente para montar o time, já que padrão de jogo apresentado nessa temporada era um prenúncio que o time ficaria fora de todas as finais desse semestre, apesar do investimento vultoso. E a paixão que o Celso Barros nutre pelo Renato Gaucho não é por que eles gostam da mesma churrascaria, mas por que foi sob sua batuta que o Fluminense conseguiu as maiores exposições com a marca nesses 10 anos de parceria.
O imenso sucesso do Fluminense na taça Libertadores da América, abriu os olhos da Unimed para a expansão internacional da marca, seguro saúde é um ótimo negócio em várias partes do mundo (principalmente nos EUA, que apesar de não serem apaixonados por futebol, possuem uma imensa população de imigrantes que levaram consigo a paixão pelo esporte bretão). E uma nova participação do clube na competição é vista como ponto fundamental para empresa ser reconhecida no exterior (America do Sul e Europa principalmente).
Na contramão desse projeto grandioso temos hoje um time, que treina em um lugar condenado a ser um museu permanente (péssimamente conservado), uma diretoria que não consegue arcar com nem com os menores salários do elenco, apesar das cotas de TV milionárias pagas todos os anos ao clube (Só pelo Brasileirão são 15 milhões por ano, fora Copa do Brasil, Estaduais e outros mais ), não deixa sequer vestígios do dinheiro pelas vendas das ultimas jóias produzidas em Xerem. E Xerém, nossa mina de ouro, encontra-se hoje abandonada por esta diretoria.

Investimentos estruturais não serão feitos pela a patrocinadora, pois esta não é investidora de jogadores, e nem essa é a modalidade de patrocínio acordada entre as partes. Esse tipos de investimento deveriam ser feitos pela gestão do clube (hoje vislumbra-se uma parceria com a Traffic para a aquisição de um centro de treinamento decente - tenho pena no Fred, apesar de eu ser tricolor, que saiu de um clube estruturado, para treinar nessa bagunça).
Infelizmente, a parceria que é tão benéfica para o clube encobre uma péssima gestão de um presidente que não entende nada de administração de um clube de futebol, estamos realmente perdendo o BONDE DA HISTÓRIA . Infelizmente, porquê quando essa parceria acabar acordaremos para uma situação em que se terá a real noção de que o Fluminense viveu um sonho chamado Unimed e acordou em um pesadêlo chamado realidade.