quarta-feira, 27 de maio de 2009

O MÉDICO E O MONSTRO




Em apenas uma semana a torcida tricolor, apresentou um comportamento esquizofrênico que daria inveja ao Dr. Jekyll e ao Mr. Hyde. Após um espetáculo na quarta-feira passada, com direito ao maior mosaico feito no Brasil (quiçá do mundo) e causando orgulho em todos que amam o tricolor; ontem, foram capazes de protagonizar a maior vergonha do país nesse ano em relação a torcidas organizadas, com invasão de campo, agressões e tiros. Eu me pergunto se são estes, os mesmos torcedores capazes de seis dias atrás fazerem um espetáculo que por si só valeu o ingresso ao Maracanã. A verdade é que uma “meia-dúzia de três ou quatro” conduzem uma maioria alienada que vai conforme o rumo da maré, só quem dita o rumo da maré é essa cúpula que se julgam os donos da instituição Fluminense.

O que precisa ser dito e ninguém tem coragem de dizer é:
A torcida organizada é filão e tanto para se ganhar dinheiro, todos os jogos os caras pegam 300/400 ingressos sob o argumento de pagar as contas e manter a organizada. Só que vendendo estes a R$10,00 cada (e a maioria é vendida aos cambistas) gera no mínimo um faturamento de R$3.000,00/jogo e num total de aproximadamente de R$12.000,00 mensais. Para manter a organizada funcionando os caras alugam uma salinha, contratam 1 ou 2 funcionários, pagam alguns insumos para a festa (como pó de arroz, sinalizadores, etc.), cuidam da manutenção das bandeiras e equipamentos de percussão. Só que esse gasto é quase todo custeado pela mensalidade dos integrantes da torcida e pelo lucro com a venda dos uniformes desta. E o resto para onde vai? Desde que eu me entendo por gente é assim e ai do presidente que não compactue com essa situação, o movimento do “Fora Fulano” ganha força impulsionada pela cúpula e agigantada pela massa.

Essa meia dúzia de espertos se perfazem na direção de algumas dessas torcidas se revezando no comando destas, enquanto a maioria seguem o ritmo tocado por eles.

Isso não é torcida, é profissão. Reclamam que os jogadores são mercenários, mas eles bem que mamam nas tetas do clube. É o famoso caso da prostituta pregando castidade.

Como se não bastassem faturar alto com o clube, juntam outros alienados desocupados e vão tumultuar o ambiente.

Na verdade há nessa relação uma síndrome do cunhado desempregado: vive a sua custa, mora na sua casa e ainda tenta ferrar com seu casamento.

Essa nem o cientista Paul Eugen Bleuler (o pai da esquizofrenia) explica...

PS: TOMARA QUE NÃO!!! Mas se o patrocínio para aquele espetáculo veio realmente da oposição, então pode-se cogitar a possibilidade de ter havido algum cunho político na manifestação de ontem. É só uma hipótese!!!

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