terça-feira, 3 de novembro de 2009

Isso é Fluminense!!! Um brinde com Bordeaux



A nobre tricolora Noira decidiu após a belíssima vitória do Flu sobre o Cruzeiro parafrasear o jornalista Sidney Garambone dizendo: "Domingo a tarde o Brasil mais jovem entendeu quem é o Fluminense. E o Brasil mais velho lembrou quem era o Fluminense...." decidi então republicar o belíssimo texto na íntegra que foi escrito devido a conquista da Copa do Brasil... Isso é Fluminense!!!


Texto de Sidney Garambone

Quinta à tarde o Brasil mais jovem entendeu o que é o Fluminense. E o Brasil mais velho lembrou quem era o Fluminense. As imagens do estádio das Laranjeiras. Ou de Laranjeiras para os cariocas, pois no Rio o bairro que já foi fazenda de laranjas não é conhecido como “as Laranjeiras”. Simplesmente mora-se em Laranjeiras.
As imagens da torcida ocupando o gramado, como um MST polido e educado, dividindo em lotes a intermediária, meia-lua e grande área. Pulando, pisando, levando grama para casa.
Os jogadores eram detalhes. O treinador era um detalhe. Como algum quadro impressionista, as pinceladas misturaram na foto torcida, atletas, cartolas e cimento.
Cimento antigo, secular, que já viu todos os times grandes brasileiros jogando contra o Fluminense antes e depois do Maracanã. Já viu Seleção e jogo de Terceira Divisão. Timinho e Timão.
Laranjeiras, por um dia, voltou a ganhar os holofotes do Brasil. E os torcedores tricolores também. Não foi vitória heróica. Hoje, com calma, fica mais fácil entender o jogo em Florianópolis. O Figueirense se preparou para tudo, menos para um gol de Roger. Ninguém se preparou para o gol de Roger.
Só Roger.
A torcida levou um nocaute daqueles. Mário Sérgio também. O time então, nem se fala. Não foi uma pressão daquelas que a gente conhece bem. Não houve defesa milagrosa, como querem os assessores de imprensa. A juventude do Figueirense pesou. E o resto, o vizinho Gustavo Poli já descreveu de forma rodriguiana.
O avião decolou e pousou em outro ícone carioca do passado. O aeroporto Santos Dumont. A festa começou lá e acabou no velho estádio da rua Álvaro Chaves. Time centenário, com mais títulos cariocas, o Fluminense virou o século se reinventando.
Sem champanhe.
Mas com muito Bordeaux, da cor da camisa

Nenhum comentário: